Bocejo contagioso é sinal de empatia social





O bocejo revela mais sobre uma pessoa do que o seu nível de tédio, de acordo com uma pesquisa.
A susceptibilidade ao contágio do bocejo pode ser um sinal, em realidade, de um alto nível de empatia social.
Apesar de muitas espécies bocejarem, apenas alguns humanos e possivelmente nossos parentes animais mais próximos acham o bocejo contagioso, o que sugere que a razão seja psicológica.
A pesquisa da Universidade de Leeds foi apresentada no Festival de Ciência da Associação Britânica, em York.
A coordenadora do estudo, Dra Catriona Morrison, disse que “o bocejo contagioso é um comportamento muito interessante”.
“Não é necessário um gatilho visual ou auditivo, somente o fato de ler sobre um bocejo ou pensar sobre ele já faz você bocejar.”
Será que você bocejou enquanto lia esta parte do artigo?
“Nós acreditamos que o bocejo contagioso indica empatia. Indica valorização do estado psicológico e comportamental das outras pessoas”, ela adicionou em uma palestra.
A mesma área do cérebro envolvida com o “bocejo reativo” está ligada à consideração aos demais.
Um experimento da Universidade de Leeds colocou um estudante (objeto de estudo) em uma sala de espera em que o seu companheiro era, em realidade, um pesquisador que bocejou 10 vezes em 10 minutos. Eles gravaram quantas vezes os estudantes bocejaram em resposta.
Foi solicitado a cada participante que completasse um teste de suas habilidades empáticas. O teste consistia em transcrever imagens de olhos e gravações de demonstrações de emoção.
Os resultados mostraram que as pessoas que sucumbiam mais ao contágio do bocejo também tinham notas mais altas nos testes de empatia.
Também havia uma evidente diferença entre os estudados.
Estudantes de psicologia eram mais susceptíveis ao contágio e tinham notas mais altas nos testes de empatia do que estudantes de engenharia.
Catriona Morrison disse: “Nós pensávamos que estudantes de psicologia seriam altamente empáticos e que estudantes de engenharia seriam mais sistematizados, mais interessados em números e fórmulas.”
Ela adicionou que os resultados suportam esta afirmação. 



Fonte: BBC News

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